quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sílvia Manfredi faz participação especial em atividade da Suprof

A pesquisadora e professora livre docente da Unicamp, Sílvia Maria Manfredi, fez uma participação especial nas atividades autogestionadas desenvolvidas pela Superintendência de Educação Profissional (Suprof), no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica. Durante a mesa redonda sobre Trabalho como Princípio Educativo, Sílvia Manfredi falou sobre certificação profissional.

Manfredi abordou as diferentes concepções de certificação. A primeira delas refere-se à certificação formal, ou seja, a que é conferida pelas unidades de ensino para habilitar a pessoa a exercer determinada profissão. A outra concepção é a de origem francesa denominada de Validação das Aprendizagens adquiridas através da Experiência (VAE) que identifica, reconhece e legitima conhecimentos, saberes, competências do indivíduo como trabalhador (a).

A terceira concepção de certificação discutida pela pesquisadora foi a que agrega além da experiência do trabalho, a experiência de vida do trabalhador (a). "Essa é a concepção que a gente defende, porque a gente acredita que o indivíduo vai construindo conhecimentos ao longo da vida nos diferentes espaços sociais, seja na igreja, na família, no sindicato, nos movimentos sociais e que esse tipo de exeriências e conhecimentos, geralmente é desqualificado. A certificação para nós seria o resgate desses saberes e conhecimentos, respalda na visão Freiriana - "saberes de experiência feitos", afirmou.

Na oportunidade, a professora destacou a expansão da Educação Profissional da Bahia, a partir da territorialidade, ou seja, considerando as demandas do Território, de maneira a garantir a inserção dos jovens e trabalhadores (as) no mundo do trabalho no seu local de origem. "A territorialidade é um sonho para mim, sempre batalho para fazer isso porque o que a gente acredita é numa formação, certificação e orientação de maneira integrada, é um trio, e a territorialidade considera os saberes locais. É um instrumento de política pública para permitir que o trabalhador enfrente os efeitos sociais deste processo de globalização", acredita.

Nesta quinta-feira (dia 26), a pesquisadora participará de debate "As relações em Educação Profissional, Educação Formal e reconhecimento de sabres não formais", às 14 horas, no Auditório Planalto, do Centro de Convenções Ullysses Guimarães, em Brasília.

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