segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CEEP em Saúde e Gestão cria Memorial Escolar

O Centro Estadual Profissional em Saúde e Gestão (Ceep), em Guanambi, terá um Memorial Escolar que deverá ser aberto ao público no dia 1º de dezembro. O público terá acesso a livros, fotografias antigas, registros escolares e todos os documentos que ajudam a contar a história do Centro Educacional João Durval Carneiro, inaugurado em 1984 e que em 2010 foi transformado no Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde e Gestão. 


A transformação atendeu à reivindicação da comunidade visando ampliar a oferta de cursos técnicos de nível médio no território e oportunizar que jovens e trabalhadores sejam preparados para uma inserção cidadã no mundo do trabalho, se beneficiando do desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Estado. E são os estudantes da Educação Profissão do CEEP que estão organizando todo o acervo que comporá o Memorial.

Por meio do projeto “Oficina da Leitura Escrita”, os estudantes dos cursos de Administração, Comércio, Análises Clínicas, Gerência em Saúde e Enfermagem, participam do levantamento, limpeza, identificação e organização do material que registra a vida escolar de muitos moradores de Guanambi e a história da própria cidade. Todo o processo é orientado pela professora de história do CEEP, Lenir Teixeira e pela coordenadora do Arquivo Público Municipal de Caetité, Rosália Aguiar.

Estudante do curso técnico de nível médio em Análises Clínicas, João Paulo Souza, 19, não mediu esforços para participar do projeto. “Moro na zona rural. Levo mais ou menos uma hora para chegar no CEEP. Aprendo tanto com a oficina que vale à pena o esforço. Enquanto utilizamos as técnicas para conservar os documentos, vamos lendo e aprendendo sobre a história do CEEP e de Guanambi. É muito interessante”, disse entusiasmado.

Equipados com luvas e máscaras, os estudantes começam o processo de conservação. Primeiro, os documentos são separados por tipo, em seguida, uma trincha é utilizada para a retirada de grampos, fitas adesivas e clips que estejam danificando o documento. Depois, os documentos são identificados e classificados em uma ficha padrão. Em seguida, são embrulhados em papel kraft pardo, amarrados com barbante e acondicionados em caixa arquivo devidamente identificada e guardada em uma estante. As fichas são digitalizadas e guardadas para futuras pesquisas.

A professora Lenir Teixeira comemora os resultados alcançados. “Nossa maior satisfação ao oferecer esta oficina foi o enorme interesse dos estudantes. Alguns já trabalham em secretarias de instituições e até em Cartórios da Justiça, onde os documentos são bem mais antigos e mais deteriorados e ficam ansiosos por mais orientações quanto ao manuseio, a forma de guardar e como conservar os documentos”, comenta.

A atividade contribui para o amadurecimento profissional e pessoal dos estudantes da Educação Profissional que tem uma matriz curricular voltada à formação de cidadãos, trabalhadores, sujeitos de direitos em sua diversidade, que entendem o seu papel na sociedade ao serem preparados para uma inserção cidadã no mundo do trabalho. A diretora do CEEP, Irene Cotrim, ressalta que o trabalho é minucioso, requer cuidado e dedicação dos jovens e que é importante por dar esse retorno à comunidade. A Superintendência da Educação Profissional (Suprof) tem estimulado a prática de preservação da memória, como forma de fortalecer a identidade e a territorialidade dos centros de Educação Profissional.

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