quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Convivência com Semiárido será tema de encontros no CETEP Sertão do São Francisco

As práticas da agricultura familiar, agroecologia e de outros manejos sustentáveis com a região semiárida, vêm despertando o interesse dos/das estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco (CETEP) em Juazeiro, Bahia. Essa curiosidade em conhecer as ações de Convivência com Semiárido é motivada pelos relatos de experiências dos (as) estudantes do Cetep que moram na República do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) e utilizam os conhecimentos adquiridos no Centro Educacional, aliados a proposta de conviver com a diversidade da região.


A sensibilização dos/das professores/as com as iniciativas dos/das estudantes resultou em uma parceria com o Irpaa. Nessa parceria será oferecido um curso para as/os discentes e alguns docentes do CETEP. O curso, portanto nasce do interesse dos/das estudantes e do reconhecimento que a escola está em dívida na oferta de conteúdos relacionado com a discussão de Convivência com o Semiárido, pontua Edineuza Souza, colaboradora do Irpaa.

O primeiro encontro aconteceu no último neste sábado (14), com o tema: “A história do Semiárido”. Os próximos momentos de discussão serão realizados de 15 em 15 dias, abordando temáticas como: acesso á terra, água, o direito a comunicação, educação contextualizada, técnicas de produção apropriadas, entres outros temas mediados pelos colaboradores e colaboradoras do Irpaa. Aproximadamente 40 estudantes e cinco professores (as) vão participar dessa troca de conhecimento.

Para a colaboradora do Irpaa, Edineuza Souza, esse curso vai permitir as/os estudantes conhecerem os dois projetos de desenvolvimento existentes na região, o do grande negócio e o da agricultura familiar. “Essa é uma questão de direito, que mostra os diversos caminhos, para que esses estudantes não saiam de lá apenas com essa visão fechada, de uma única via, mas que eles possam ter a oportunidade de escolha... ele não vai visualizar só o projeto de irrigação para trabalhar, ele também vai visualizar uma outra realidade”, afirma Edineuza.

O curso será finalizado com a realização de seminário organizado pelos estudantes em conjunto com os professores e professoras. A ideia é que este seminário aconteça em todos os turnos da escola, socializando com todos e todas os conhecimentos adquiridos ao longo desses quatro meses. Edineuza pontua como o maior ganho do curso, a oportunidade de oferecer aos estudantes uma visão crítica na avaliação de qual projeto de desenvolvimento tem a preocupação com a qualidade de vida das pessoas.

Fonte: IRPAA

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