quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Parcerias contribuem para a formação de estudantes da Educação Profissional

Desde 2009, a Rede Estadual de Educação Profissional vem construindo, por meio de acordos de cooperação técnica, parcerias com instituições públicas e privadas interessadas em conceder estágios para os estudantes dos 80 cursos técnicos de nível médio ofertados. O estágio é parte da matriz curricular da Educação Profissional (EP) que tem o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico.


Graças à parceria firmada com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), autarquia da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri), por exemplo, os estudantes do curso técnico em Agricultura, do Colégio Estadual Edilson Freire, em Maracás, estão tendo oportunidade de conhecer as múltiplas realidades do mundo do trabalho, ao dialogar  teoria e prática.

A professora Fernanda do Nascimento Cunha, orientadora de estágio, explica que no estágio são vivenciadas situações reais do trabalho, da formação técnica, daquilo que o estudante vai aplicar no cotidiano do mundo do trabalho e também nas relações humanas.  “Estas parcerias contribuem para a formação dos nossos jovens e adultos que precisam realizar o estágio e estão aqui em busca de qualificação profissional. É uma oportunidade de mostrarem o conhecimento que possuem, dando possibilidade para alcançarem o primeiro emprego”, disse .

Desta forma, o estágio é, portanto, mais um passo importantíssimo para a preparação dos jovens e trabalhadores para o mundo do trabalho e para a vida. Com duração de 400 horas, deve ocorrer em um turno oposto ao qual o estudante está matriculado, ocorre com orientação e supervisão de professores designados pela unidade escolar.   

A cada três meses, a EBDA de Maracás recebe uma turma de estagiários do curso técnico em Agricultura, sempre acompanhados por professores das disciplinas técnicas e por colaboradores da empresa, para aprenderem práticas ecológicas como o Sistema de Produção Agroecológica, Integrada e Sustentável (PAIS), tecnologia sustentável, que permite a produção agrícola saudável sem produtos químicos.

No PAIS, praticam técnicas como: conservação do solo, compostagem, biofertilizante, uso de produtos naturais no combate de pragas e doenças e, o uso eficiente da água. “Os agricultores na presença dos jovens sentem-se mais estimulados na construção conjunta da rede de aprendizado em agroecologia”, explicou Nívea Silva, engenheira agrônoma da EBDA.

Ainda segundo a professora Fernanda, o uso da tecnologia social Pais, seja na prática do estágio ou em aulas de campo contribui na formação dos estudantes como cidadão produtivo. “Esse intercâmbio de experiências entre estudantes e agricultores proporcionados pelo PAIS, favorece a construção do conhecimento agroecológico, ao aliar o saber científico e o empírico. Devo ressaltar que a assistência técnica prestada pela EBDA é essencial para enfrentar as dificuldades encontradas na produção orgânica,  como também para a  formação profissional dos nossos estudantes”, afirmou.

Já o estudante Adarlei Vieira Sampaio, estudante do 4º ano do curso técnico em Agricultura, afirma que graças à experiência foi possível adquirir novos conhecimentos e trocar experiências. “O mais importante de tudo é que aprendi a valorizar mais ainda o saber do agricultor e somar o conhecimento científico para minha formação”, disse.

Com informações da Assimp/EBDA

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